
As pessoas têm de estar no centro da mobilidade
Refletir sobre os desafios da mobilidade urbana e mostrar como cada uma das entidades ligadas à iniciativa está a passar das palavras aos atos foi o mote do conselho estratégico da Lisbon Mobi Summit.
O conselho estratégico da Lisbon Mobi Summit reuniu, pela primeira vez, esta semana, na sede da EDP, em Lisboa. A abertura dos trabalhos foi feita por Victor Ribeiro, CEO do Global Media Group, que falou sobre os objetivos da Lisbon Mobi Summit, uma iniciativa do grupo e da EDP com a parceria da Volkswagen, Via Verde e Efacec. À distância, através de conference call, esteve Charles Landry, conselheiro internacional para a área do Futuro das Cidades e a moderação do encontro esteve a cargo de Rosália Amorim, diretora do Dinheiro Vivo. O debate arrancou com a questão: o que a minha instituição tenciona fazer em prol da mobilidade urbana? A manhã foi dinâmica e contou com a participação de Miguel Gaspar, vereador da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, Vera Pinto Pereira, CEO da EDP Comercial, Ângelo Ramalho, CEO da EFACEC, Luís D´Eça Pinheiro, CMO do Grupo Brisa e administrador da Via Verde Serviços, Pedro Almeida, administrador executivo da Volkswagen, Nuno Serra, diretor de Marketing da Volkswagen, Miguel Eiras Antunes, head of Future of Mobility and Smart Cities na Deloitte Portugal, e Tiago Farias, presidente e CEO da Carris. A importância decisiva do transporte coletivo (que tanto integra o transporte público clássico como veículos partilhados) e da integração dos vários modos de transporte foi um tema central na reunião, merecendo o consenso dos participantes. Porque, como apontarem os dirigentes das várias empresas presentes e autarcas de Lisboa e Cascais, "as pessoas têm de ser o centro das políticas de mobilidade". E se e o transporte coletivo não for satisfatório e eficiente, menor será a propensão para as pessoas abandonarem o automóvel. Há quem prefira falar de transporte coletivo em vez de transporte público, na medida em que o transporte coletivo é mais abrangente, integrando várias modalidades, desde o comboio ao autocarro, passando pelos veículos e bicicletas partilhadas conectados, por sua vez, a aplicações móveis. O aparecimento de novos operadores privados foi, por isso, uma das tendências apontadas para a mobilidade do futuro. Todas as ideias são boas se se der liberdade às pessoas para escolher as opções que melhor se adaptam às suas necessidades, concluiram. Para tal, os participantes na reunião destacaram a necessidade de cooperação e trabalho em rede entre os vários operadores. A síntese das ideias apresentadas pelos parceiros da Lisbon Mobi Summit ficou a cargo de José Maria André, professor do Instituto Superior Técnico. Depois do Warm Up de 26 a 28 de Janeiro, o evento inovador na área da mobilidade urbana Lisbon Mobi Summit vai realizar-se entre 13 e 16 de setembro, em Lisboa. A cobertura alargada sobre as conclusões do conselho estratégico da Lisbon Mobi Summit será publicada dia 22 de julho nas edições de DN e JN.Maria João Alexandre