
China arranca poupança energética com renováveis

A China está a tornar-se num país em que o recurso à energia solar começa a ser mais vantajoso para a população do que as fontes energéticas fósseis, de acordo com uma investigação realizada pelo Royal Institute of Technology in Stockholm, da Suécia e publicada pela revista Nature Energy.
O estudo abrangeu 344 cidades chinesas e revela que a energia produzida por painéis solares domésticos é mais barata do que a eletricidade fornecida pela rede do governo, incluindo na fatura, os eventuais gastos com equipamento e investimentos em estrutura.
Um quinto dos casos revela mesmo, maior economia no consumo do que na energia fornecida pelo carvão, que ainda é a mais usada no país.
Para os investigadores, esta vantagem é resultado de um pesado investimento realizado desde 2017 em diversas fontes de energia renováveis no país, incluindo solar e eólica num plano estratégico do governo chinês que levou a nação à liderança mundial no setor.
Os avanços da tecnologia e o apoio governamental permitem ainda pensar em novos estímulos para a produção de energias renováveis, numa altura em que está em baixa o valor do carvão no mercado chinês pela crise do sector traduzida no fecho de minas e nas crescentes campanhas de luta por causas ambientais.
O estudo revela ainda que há capacidade de fazer com que a rede de geração de energia seja cada vez menos dependente de subsídios fornecidos pelo país, com o foco direcionado para a qualidade.
O estudo completo em inglês pode ser lido por aqui.