
Maria Tsavachidis. "Fracassar não é opção: em 2030 as cidades têm de ser neutras em emissões"

As tecnologias e as parcerias entre governos e sociedade civil são as melhores respostas para alcançar as metas climáticas, defende a CEO da EIT- Urban Mobility.
As tecnologias e as parcerias entre governos e sociedade civil são as melhores respostas para alcançar as metas climáticas, defende a CEO da EIT- Urban Mobility.
Precisamos de "ações radicais" para enfrentar os desafios desta década. Menos viagens, mais transportes públicos ou eletrificação das frotas públicas e privadas são os caminhos que terão de ser acelerados para se atingir a descarbonização no setor da mobilidade. Este é o alerta de Maria Tsavachidis, CEO da EIT – Urban Mobility, uma iniciativa do European Institute of Innovation and Technology, da União Europeia. As metas são ambiciosas – relembra a responsável – mas "fracassar não é opção". As cidades têm até 2030 para atingirem a neutralidade , mas as emissões "estão a aumentar em vez de diminuir", advertiu Maria Tsavachidis durante a sessão de abertura da Cimeira do Portugal Mobi Summit. E é por isso que as tecnologias surgem como a principal resposta para superar os obstáculos ambientais: "A EIT- Urban Mobility está a trabalhar com vários parceiros em Portugal e na Europa para tornar as cidades não somente mais verdes, como também mais competitivas." As parcerias, aliás, são um ponto decisivo deste combate, defende Maria Tsavachidis , destacando a urgência de se criar e aprofundar ainda mais as colaborações entre governos, empresas, sociedade civil, entidades regionais e internacionais. "É um trabalho difícil que exige coordenação nas políticas a diferentes níveis, mas que tem de ser feito em rede porque só juntos poderemos alcançar as metas climáticas", remata a CEO da EIT- Urban Mobility .