
Lisboa, Porto e Guimarães entre as 100 cidades neutras em carbono até 2030

As três cidades portuguesas estão entre as 100 escolhidas (e 12 adicionais de países associados) pela Comissão Europeia para serem neutras em carbono até 2030 e receberem os fundos necessários para atingir essa meta
Lisboa, Porto e Guimarães estão entre as 100 cidades europeias dos 27 Estados membros e agrupamentos de municípios escolhidas para atingir o objetivo de neutralidade climática até 2030. As metrópoles selecionadas vão receber 360 milhões de euros, através do programa Horizonte Europa.
Esse "bolo" do incentivo às cidades que serão os centros de experimentação desta ambiciosa missão "verde" começa já a ser distribuído em 2022-23, por forma a criarem-se estratégias para se cumprir em oito anos o objetivo definido.
Para além das 100 cidades europeias, há ainda outras 12 escolhidas dos seguintes países associados ao programa Horizonte Europa: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Islândia, Israel, Montenegro, Noruega, Reino Unido, Turquia.
Na União Europeia (UE), França foi o país com o maior número de candidaturas aprovadas (10), seguida da Alemanha e Itália (9 cada) e da Espanha e Suécia (7 cada).
O lançamento da Missão Cidades Inteligentes e com Impacto Neutro no Clima, aconteceu na segunda-feira, 13 de Junho, em Bruxelas, com a apresentação dos "contratos climáticos".
Autarcas portugueses reagem
O presidente da Câmara de Lisboa reagiu com satisfação à escolha da capital portuguesa como uma das 100 na UE com condições para ser livre de carbono até 2030: "Uma candidatura que nasceu do maior desafio que enfrentamos: o combate às alterações climáticas", publicou Carlos Moedas no Twitter.
No Porto, a autarquia também manifestou júbilo pela seleção da Invicta. "A inclusão do Porto neste restrito lote das cem cidades líderes na ambição de descarbonização a nível europeu é mais um reconhecimento internacional de que estamos a desempenhar bem a nossa missão, rumo a uma cidade cada vez mais sustentável", afirmou o vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, na reação oficial do Município. "Esta Missão, que agora é atribuída ao Porto, é um apoio fundamental para fazer de todo este desígnio uma realidade em 2030. Estamos preparados para cumprir", acrescentou o responsável pelos pelouros do Ambiente, Transição Climática e Inovação e Transição Digital, da Cidade Invicta.
Numa apresentação do teleférico como solução de transporte público urbano, o presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, referiu-se à distinção pela CE como "uma oportunidade de obter fundos para a transição climática diretamente de Bruxelas".
Rute Coelho