731 chega a Sacavém movida 100% a eletricidade

04-07-2025

A carreira 731 da empresa municipal Carris foi prolongada da Portela até Sacavém, no concelho de Loures, mantendo-se o terminal da Avenida José Malhoa, em Lisboa e avança para o terreno depois da viagem inaugural realizada no final de junho pelos autarcas de Lisboa e Loures.

A Carris deu conta no seu site logo a partir de 24 de junho,  que o autocarro 731 seria prolongado até Sacavém e o novo percurso desta carreira  vai permitir uma redução de transbordos e maior conforto para a população, bem como, a ligação direta a zonas de elevada procura, como a Rotunda do Relógio, Campo Grande, Avenida Brasil, Cidade Universitária e Sete Rios, passando por hospitais da cidade de Lisboa, nomeadamente Santa Maria.

Carlos Moedas aproveitou a viagem inaugural para esclarecer que “ aquilo que se está a fazer, é ir para além do que é o pensamento do território, ou seja, não importa se é Loures, ou, se é Lisboa, o importante é olhar para as pessoas e fazer aquilo que tinha que ser feito”, afirmou o presidente da câmara da capital, referindo assim que o prolongamento do percurso da carreira de autocarros 731 pretende assegurar melhores condições de transporte público para a população.

A viagem inaugural realizada a 27 de junho, contou com a presença do presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, eleito pelo PS e com o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, eleito pelo PSD que iniciaram a viagem a partir da paragem de autocarro na Praça José Queirós, em Lisboa.

Ricardo Leão enalteceu a capacidade de trabalhar em conjunto com o presidente da Câmara de Lisboa e disse que o prolongamento do percurso da carreira 731 vai servir “milhares de pessoas” que vivem na zona de Sacavém e que, antes, tinham de ir a pé até à Portela para apanhar o autocarro ou tinham de levar o carro para dentro de Lisboa.

“Aos anos que nós pedíamos isto. Até na anterior administração da Câmara de Lisboa sob presidência do socialista Fernando Medina. Pedimos e era do meu partido e não conseguimos. Portanto, conseguimos agora e só isto demonstra bem aquilo que é servir as pessoas,”

Já Moedas ressalvou  “Não estamos aqui a inaugurar nada, estamos a verificar que está a funcionar”. O autarca da capital realçou ainda a “boa cooperação” com o autarca de Loures: “É um orgulho, mas é sobretudo um exemplo que damos, um exemplo de que, como presidentes de câmara, estamos acima dos partidos”.

Antes de entrarem no autocarro, o autarca de Lisboa foi abordado por cidadãos que vivem em casas municipais ao lado da paragem e que se queixaram de problemas nas habitações, tendo contactado a empresa municipal Gebalis, responsável pela gestão dos bairros, no sentido de resolver as situações.

No final do percurso, em declarações aos jornalistas, Carlos Moedas reforçou que o prolongamento da carreira da Carris até Sacavém, mantendo-se o terminal da Avenida José Malhoa, “é uma grande mudança para a qualidade de vida das pessoas”, porque evita que levem o carro para Lisboa e traz mais comodidade.

“É este tipo de investimento e é este pensamento metropolitano que tem de ser feito em relação à Carris, obviamente também a Carris Metropolitana, que é muito importante, mas a Carris tem aqui um papel central”, afirmou o autarca de Lisboa, destacando o trabalho da empresa municipal também no elétrico 16, previsto para 2028, que fará a ligação entre o Terreiro do Paço e o Parque Tejo, e que, depois, ligará com o BRT (Bus Rapid Transit), que é responsabilidade da Câmara de Loures.

Também o socialista Ricardo Leão adiantou  que o prolongamento do percurso da carreira 731 vai servir “milhares de pessoas” que vivem na zona de Sacavém e que, antes, tinham de ir a pé até à Portela para apanhar o autocarro ou tinham de levar o carro para dentro de Lisboa.

Questionado sobre os problemas no funcionamento da Carris, Carlos Moedas respondeu que “queixas de 14 anos não se resolvem em três anos”, numa alusão à anterior gestão do PS. O autarca destacou o investimento em curso de 165 milhões de euros, inclusive a aquisição de mais de 400 autocarros e a transição dos veículos de energia fóssil para elétricos e rematou a conversa dizendo que “ é preciso investir e, depois, ter resultados, mas nunca ninguém investiu a comprar como nós neste mandato.”

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