pms-logo-branco.svg
pms-logo-cores.svg

Programa europeu RAPTOR põe startups à procura de soluções de mobilidade para Cascais

Cidade identificou desafios no transporte de idosos, atratividade das paragens e deslocações para estabelecimentos de ensino

Programa europeu RAPTOR põe startups à procura de soluções de mobilidade para Cascais

Criar transporte flexível que se adapte às necessidades da população mais idosa. Tornar as paragens de autocarros uma experiência desejável. Encontrar alternativas de mobilidade para a escola. Estes são os desafios que Cascais tem em mãos e procura resolver no âmbito do programa europeu de aplicações rápidas para transportes RAPTOR.

Trata-se de um programa do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia - Mobilidade Urbana, que pretende reforçar a capacidade de inovação na Europa. “O objetivo é desenvolver o triângulo composto por educação, empresas e centros de investigação, para que os estudantes possam passar a empreendedores e passarmos das ideias aos produtos”, explicou Arthur Boetti, assistente do programa de Inovação EIT Urban Mobility.

A mobilidade urbana é um dos campos de trabalho, até porque “atualmente as cidades e as pessoas estão muito centradas na utilização do carro e isso é um paradigma que queremos mudar”. “Temos de desenvolver estas soluções, estes projetos, para garantir que as pessoas conseguem circular de uma forma mais eficiente, mais ágil e dinâmica”, diz Arthur Boetti, salientando que a “comunicação” entre startups e cidades nem sempre é fácil.

O EIT Urban Mobility desenvolve, por isso, iniciativas que ajudam a criar pontes entre os diferentes interlocutores. “A ideia é falar com as cidades, descobrir quais são os desafios concretos com que se deparam e identificar a startup com a melhor solução em tempo oportuno”, reforça Arthur Boetti.

Esta edição em que Cascais participa é a segunda do programa RAPTOR. Ao todo estão em curso 15 projetos em oito cidades da Europa. Os projetos competem entre si, sendo que o vencedor ganha 30 mil euros para testar a solução no terreno.

No caso de Cascais, explicou João Bernardino, gestor do RAPTOR Cascais, foram identificados três desafios concretos. “O primeiro é direcionado à população mais idosa, particularmente na zona da Parede. Queremos responder com formas diferentes de mobilidade, nomeadamente transporte flexível, que se ajuste às necessidades desta população”.

O segundo desafio tem a ver com a remodelação da rede de transportes em Cascais, que se tornou “mais vasta e rápida”, mas em alguns pontos obriga a conexões entre autocarros. “Algumas pessoas queixavam-se disto, em geral não gostam de mudar de um transporte para outro”, pelo que foi lançado às startups o desafio de “tornar as paragens de autocarro uma experiência desejável”, pormenorizou João Bernardino.

O terceiro desafio, refere o especialista, teve em consideração as dinâmicas das famílias. Há muitas pessoas que optam pelo carro por, para além de se deslocarem para o trabalho, terem de levar crianças à escola. A intenção é “criar alternativas a esta fatalidade”, pelo que Cascais procura “soluções inovadoras na mobilidade para a escola”.

portugalmobisummit2022
rectangulo-icon
rectangulo-icon