“A mobilidade é central na ação deste governo”, garantiu hoje o ministro do Ambiente e da Energia, na intervenção de abertura do Portugal Mobi Summit. Duarte Cordeiro exemplificou com números expressivos a aposta: “Até ao dia de hoje temos comprometidos 3,5 mil milhões de euros só na área da mobilidade”.
E aqui estamos a falar de muitas coisas. Desde a expansão da rede de transportes pesados, como a rede de metro, para onde estão alocados 1,7 mil milhões de euros, até ao apoio tarifário, que permitiu a redução do preço dos passes sociais. A descida do custo dos passes para 30 e 40 euros nas áreas metropolitanas custou 1,2 mil milhões de euros, disse o ministro.
Resumindo, o ministro revela um número relevante; "desde 2015 investimos 4,3 mil milhões de euros na área da mobilidade, o que corresponde a 2% do PIB nacional".
“Sem todo este esforço de investimento não teriamos conseguido manter os transportes públicos a funcionar durante a pandemia”, admitiu o governante.
Mas as políticas de mobilidade vão mais longe. E, para já, “ o desafio é recuperar o número de passageiros para o transporte coletivo anterior ao da pandemia Covid”. O nível “ainda não foi recuperado e temos de o atingir”, assumiu.
Mais, o governo quer tentar captar 30 milhões de passageiros para o tranporte público, porque isso diminuiria em 18 mil milhões de viagens de transporte individual, disse.
O desígnio justifica-se pelo papel absolutamente central que o transporte coletivo tem para conseguirmos reduzir os níveis de emissões, porque nem tudo se consegue apenas através da mobilidade elétrica.
Duarte Cordeiro referiu-se, por exemplo, à recente estratégia para a mobilidade pedonal, aprovada no último Conselho de Ministros, que pretende aumentar em 35% a percentagem de pessoas que andem a pé, também por razões de saúde.
Mas a mobilidade elétrica é incontornável na nova era da transiçao energética e Portugal pontua bem a nivel internaconal com uma rede de carregamento que se estende a 308 municípios, disse o ministro. “Bateram-se bateram recordes, em setembro, com 1,6 milhões de carregamentos”, o dobro do consumo de igual período do ano antreior. Isto significa menos 7,3 milhões de litros de gasóleo gastos e menos 9,5 mil toneladas de emissões de co2 desde 2021.
“É este o impacto da mobilidade elétrica no ambiente” resumiu o ministro da tutela.
"Hoje parece fácil, mas em 2016 fomos o primeiro país a assumir o objetivo na neutralidade carbónica em 2050".