Bicicletas partilhadas geram mais de 300 milhões de benefícios na Europa

Notícias (geral)
14-10-2025

Um novo estudo pedido por instituições europeias a uma consultora, revela que a partilha de bicicletas em 150 cidades europeias já evitam mais de mil doenças crónicas, reduzem 46 mil toneladas de emissões de CO₂, menos  200 toneladas de poluentes atmosféricos nocivos e geram benefícios na ordem dos 305 milhões de euros por ano.

 

Pela primeira vez, foi quantificado o retorno económico e social do investimento em programas de partilha de bicicletas na Europa, num estudo encomendado pelo EIT Urban Mobility e pelo Cycling Industries Europe à consultora  EY para comprovar o seu papel como elemento-chave na mobilidade urbana sustentável.

 

A análise  teve em conta os sistemas de partilha de bicicletas disponíveis em mais de 150 cidades europeias, não só nos 27 estados-membros da União Europeia, como também no Reino Unido, na Suíça e Noruega e contstatou que por ano são gerados benefícios na ordem dos 305 milhões de euros.

 

Revela ainda que desde as grandes metrópoles como Paris, com 42,200 bicicletas, até Bruxelas, com mais de 11,000 e pequenas cidades, com apenas algumas dezenas de bicicletas, todas juntas têm redes que compõem uma frota de 438,000 bicicletas partilhadas, proporcionando milhões de viagens anuais e ligando as pessoas aos locais de trabalho, educação e aos transportes públicos.

 

Esta investigação também mostra que a partilha de bicicletas contribui para benefícios ambientais, de saúde e económicos significativos, ao indicar que todos os anos, estes sistemas de mobilidade suave poupam 46,000 toneladas de emissões de CO₂ e 200 toneladas de poluentes atmosféricos nocivos.

 

O estudo acrescenta que substituir viagens de automóvel pela mobilidade ativa, ajuda a prevenir 1,000 doenças crónicas, o que resulta numa poupança de 40 milhões de euros em cuidados de saúde. 

 

Constata também que a diminuição dos engarrafamentos resulta em 760,000 mil horas de produtividade, avaliadas em 30 milhões de euros, enquanto são mantidos o equivalente a 6 mil empregos a tempo inteiro, em toda a Europa. 

 

Para os utilizadores, a partilha de bicicletas oferece um modo de transporte económico, reduzindo as despesas com mobilidade até 90% em comparação com os automóveis.


Já para as cidades, a partilha de bicicletas representa um argumento convincente para o investimento, pois por cada euro gasto atualmente, existe um retorno anual de 10%, o que gera 1.10 euros de externalidades positivas.

 

A investigação dá conta ainda que até 2030, os benefícios podem aumentar até mil milhões de euros anuais, se o investimento e a expansão continuarem. Tal opção, evitaria a emissão de 224,000 toneladas de emissões de CO₂, mais de 4,200 doenças crónicas evitadas, e aproximadamente 13,000 empregos mantidos nos próximos 5 anos e nessas condições, cada euro investido poderá gerar um retorno anual de 75% sobre a despesa pública.

 

O estudo foi possível de realizar junto dos utilizadores destes sistemas de bike sharing nos 27 países da União Europeia, mas também no Reino Unido, Suiça e Noruega em 2024.

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