Changan Deepal S05. Da China vem um SUV compacto 100% elétrico que quer agitar o mercado português

A marca automóvel chinesa Changan acaba de reforçar a presença em Portugal com o lançamento do Deepal S05, um novo SUV compacto que vai à luta num dos segmentos mais competitivos do mercado. Este é o segundo passo da Changan no mercado português, depois do S07.

O S05 chega com bons argumentos a esse campo de batalha dos C-SUV: design europeu, tecnologia avançada, aparente qualidade de construção e de materiais e, acima de tudo, preço muito competitivo.

O novo Changan foi concebido no centro de estilo da marca em Turim, liderado por Klaus Zyciora, ex-diretor de design do Grupo Volkswagen e “autor” das linhas de toda a gama ID do construtor alemão. Este C-SUV tem linhas fluidas e consensuais, tendo recebido o iF Design Award e ainda o prémio “Best Human-Centric Intelligent Integration” na primeira edição do Torino Automotive Design Award.

Com 4,62 metros de comprimento e uma distância entre eixos de 2,88 metros, o S05 pretende conjugar estética e funcionalidade. Entre os elementos distintivos, destacam-se os faróis bipartidos, jantes até 20 polegadas e portas sem moldura com manípulos retráteis. A traseira dá continuidade à tendência minimalista, com uma faixa luminosa contínua e um original logótipo iluminado na coluna C do lado esquerdo, que indica o estado de carga da bateria. A bagageira oferece 492 litros, ampliáveis a 1.250 com os bancos rebatidos, além de um frunk de 159 litros, que a Changan anuncia como o maior do segmento.

O interior do S05 aposta num design futurista e depurado. Não há painel de instrumentos tradicional, sendo toda a informação relevante projetada num head-up display com realidade aumentada. Ao centro do tablier surge um ecrã tátil de 15,4 polegadas, com resolução 2.5K, capaz de se inclinar até 15 graus para o condutor ou para o passageiro. Este ecrã agrega todos os comandos, com os únicos botões físicos a surgir no volante. É quase uma norma neste momento, que requer habituação e da qual alguns construtores começam a dar sinais de querer recuar.

A marca garante que o conforto foi uma das prioridades na concepção do S05. Os pouco mais de 60 quilómetros que fizemos ao volante do Deepal S05 chegaram para confirmar um pouco mais do que isso. Este C-SUV não só é bastante confortável como consegue um bom comportamento em estrada. Ou seja, o conforto não foi conseguido à custa de rolamento excessivo da carroçaria em curva.

Os bancos dianteiros incluem aquecimento e ventilação, e o passageiro tem direito ao chamado “zero-gravity queen seat”, com apoio de pernas elétrico para longas viagens.

Um teto panorâmico de 1,9 m² com opacidade ajustável reforça a sensação de amplitude de um habitáculo pensado como “extensão digital do quotidiano”.

Assente na plataforma modular EPA1, o S05 chega a Portugal exclusivamente com bateria LFP de 68,8 kWh, fornecida pela CATL. A versão de tração traseira anuncia 470 km de autonomia WLTP, enquanto a futura versão AWD deverá garantir até 430 km. No capítulo do desempenho, os números são sólidos: 271 cv e 290 Nm permitem cumprir os 0–100 km/h em 7,5 segundos, reduzidos para 5,5 segundos na variante de tração integral, que atinge os 435 cv.

O S05 suporta até 200 kW de potência de carregamento, permitindo recuperar dos 30% aos 80% em apenas 15 minutos (aproximadamente 240 km de autonomia) e dos 10% aos 80% em 23 minutos. A função V2L, capaz de fornecer até 6 kW, transforma o veículo numa fonte portátil de energia para trabalho, lazer ou situações de emergência.

No capítulo da segurança, o S05 alcançou as cinco estrelas Euro NCAP e incorpora um pacote completo de assistência à condução, com todos os apoios que são hoje “normais”.

O Deepal S05 já está disponível para encomendas e começa nos 36.990 euros (pouco mais de 30.000 euros sem IVA), para a versão RWD Pro. A versão RWD Max, bastante mais equipada, vale 39.990 euros e a versão de tração integral, a AWD Max, vai custar 42.990 euros (só vai estar disponível no início do próximo ano). O S05 chega com garantia de 7 anos ou 160.000 quilómetros, complementada por 8 anos ou 200.000 km para a bateria.