MobyFly conquista 10M€ para fazer barcos elétricos voadores

Notícias (geral)
25-09-2025

O projeto desta startup nascida no berço da UPTEC pretende desenvolver embarcações capazes de transportar centenas de passageiros utilizando 80% menos energia que um barco a diesel e acaba de conquistar 10 milhões de euros numa ronda de investimento.

 

A MobyFly, startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto que acaba de angariar 10,8 milhões de euros, numa ronda de financiamento Série A, para acelerar a comercialização de barcos elétricos.

 

Fundada em 2020, na Suíça, por Sue Putallaz, Anders Bringdal e pelo português Ricardo Bencatel, a MobyFly está a desenvolver embarcações elétricas de alta performance com uma tecnologia baseada em hidrofoils – estruturas em formato de asa, capazes de levantar um barco acima da água e projetados para conseguir transportar centenas de passageiros a velocidades superiores a 70 km/h.

 

Em comunicado, garante que são barcos que consomem até 80% menos energia do que as embarcações a diesel e permitem reduzir em cerca de 60% os custos operacionais, enquanto eliminam ondas, ruído e emissões poluentes.

 

Para Ricardo Bencatel, Chief Technology Officer da MobyFly, o mais recente financiamento representa um marco decisivo: “este investimento permitirá à MobyFly escalar as suas operações, expandir as capacidades de engenharia e I&D, acelerar a comercialização da sua tecnologia de hidrofoils com emissões zero e reforçar o compromisso com um transporte marítimo sustentável e rentável”.

 

No imediato, os planos para o montante arrecadado passam por industrializar e certificar a tecnologia, continuar a evoluir os sistemas de hidrofoil e impulsionar a entrada da empresa em novos mercados internacionais,

 

A MobyFly traçou metas ambiciosas para os próximos dois anos. Ainda em 2025, a empresa pretende lançar a produção da pré-série do modelo MBFY-S, capaz de transportar até 20 passageiros. 

 

Já em 2026, esperam concretizar o seu maior objetivo: “lançar o primeiro modelo de produção no verão e vender várias unidades destinadas ao transporte de passageiros até ao final do ano”, revela o cofundador português.

 

O investimento, de 10,1 francos suíços, foi liderado pelo fundo Fonds Révolution Environnementale et Solidaire, financiado pelo dividendo social do Crédit Mutuel Alliance Fédérale e gerido pela Crédit Mutuel Impact, contando ainda com a participação de investidores privados e parceiros institucionais.

Artigos relacionados

Portugal falha metas de redução da sinistralidade rodoviária

CaetanoBus estreia BRT a hidrogénio na Áustria, Finlândia e Itália. Mais 12 para o Porto e 6 para Cascais

Viajar de Metro a sul do Tejo já possível só por contactless

Patrocinadores