Isaltino Morais, presidente da câmara municipal de Oeiras, nas redes sociais, responde - Poder, podia, mas.... Uma conjugação de fatores leva a Marginal, que liga Cascais a Lisboa, a não possui uma ciclovia, incluindo a falta de espaço físico, a gestão da via por diferentes entidades ( desde IP a autarquias), as preocupações com a segurança e o fluxo do tráfego, mas a proposta existe e foi aprovada em 2014 pela Assembleia Municipal de Oeiras, para oferecer ao litoral do concelho, condições paisagísticas e melhores acessos a praias, jardins e núcleos urbanos desde Oeiras, Santo Amaro, Paço de Arcos e Caxias.

 

A proposta da ciclovia na Marginal continua por concretizar em 2025, mas existe há mais de uma década e propunha ligar a faixa litoral, desde o Forte de São Julião da Barra ao Passeio Marítimo da Cruz Quebrada, a um custo, que na altura rondaria os 286 mil euros, entre obras, pinturas, separadores de faixa e sinalética.

Para tal, seria preciso converter a via do lado mar da Estrada Marginal numa ciclovia bidirecional entre o cruzamento do Forte de São Julião da Barra (acesso às praias de Carcavelos e Torre) e o acesso ao passeio marítimo da Cruz Quebrada (frente ao I.S.N. e Escuteiros de Caxias). 

O plano era mais ambicioso e previa uma futura rede ciclável que se prolongasse até ao complexo desportivo do Jamor e pela costa até Algés, e ainda sob o túnel até à C. Quebrada.

A ideia era haver menos acessos para automóveis do lado do mar, sendo mais controlados para evitar situações de conflito. Pretendia-se ainda assegurar acessos diretos às praias, e seria uma ciclovia que funcionaria como barreira entre os carros e o passeio, melhorando as condições de segurança dos peões, e a possibilidade de usufruir da paisagem a todos.

O município  tinha a expetativa que a ciclovia ia permitir a pessoas de todas as idades pedalar em segurança e conforto até às praias, um acesso que atualmente só é assegurado aos automobilistas.

A autarquia pretendia assim melhorar a oferta de cicloturismo em Oeiras, atividade económica que vale mais de 54 biliões€/ano na UE e acreditava que iria dinamizar os núcleos históricos, valorizando o comércio local e viabilizando edifícios que estão devolutos.

Não tinha dúvidas que a ciclovia permitia também aumentar a qualidade de vida, ao diminuir o tráfego e velocidade, reduzir a insegurança, ruído e poluição junto das praias, hotéis e povoações.

A saída da cidade mantinha-se com 2 vias no sentido Lisboa – Cascais e a conversão da via do lado mar em ciclovia induziria em “evaporação de tráfego automóvel”, como é comprovado em situações semelhantes (ex. Marginal da Praia da Concha, em S. Sebastian).

Ao longo dos anos a avenida Marginal tem sido palco de inúmeros acidentes rodoviários graves e mortais e a construção da ciclovia reduziria a necessidade de usar o carro, assegurando uma forma de mobilidade sustentável que atualmente não está disponível em segurança ou para todos, mesmo que se verifique um grande aumento de bicicletas a circular na N6.

 

 

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