“Cada autocarro a circular em BRT significa milhares de carros tirados da estrada”

Conferências
22-09-2025

Cristina Pinto Dias, secretária de Estado da Mobilidade, encerrou a conferência do Portugal Mobi Summit, em Braga, e diz que os sistemas de Metrobus são uma ferramenta que vai ajudar a combater a “pobreza de mobilidade”

“O BRT é mais do que um sistema de transporte público coletivo. É um marco de novos tempos na mobilidade”. As palavras são de Cristina Pinto Dias, secretária de Estado da Mobilidade, na sessão de encerramento da conferência “Porquê o BRT – Bus Rapid Transit?”, que decorreu, esta segunda-feira de manhã, no Centro de Juventude de Braga, no âmbito do Portugal Mobi Summit. Numa intervenção em vídeo, a governante defendeu a implementação de sistemas de BRT, de norte a sul do país, convicta de que os mesmos vão ser ferramentas importantes nas metas de descarbonização, assim como para “promover vidas mais saudáveis e espaços de lazer”.

“O sistema BRT existente em Coimbra, na Metro Mondego, em Braga, no Algarve ou na Margem do Sul do Tejo é uma aposta ganha. Cada autocarro que circule num sistema de BRT significa, ao final do ano, milhares de carros tirados da estrada”, realçou Cristina Pinto Dias. “E quando associamos o BRT às energias renováveis, damos um passo gigante na descarbonização da mobilidade, rumo à neutralidade carbónica, objetivo que queremos alcançar em 2050”, acrescentou.

Menos congestionamento de trânsito, menos acidentes e mais espaço verde para todos. São esses os benefícios, segundo a secretária de Estado, de utilizar modelos de transporte assentes em sistemas BRT, com autocarros elétricos a circular em vias dedicadas. Uma espécie de metro, mas com autocarros – daí ser conhecido, igualmente, por Metrobus. “Trabalhamos todos os dias para uma mobilidade integrada, que combata a pobreza de mobilidade”, deixou claro a governante.

Para se alcançar um sucesso pleno dos sistemas que estão a ser implementados em cidades como Coimbra, Braga, Porto ou Oeiras – cada um em diferentes fases de execução –, não basta, contudo, ter os meios de transporte em funcionamento. A secretária de Estado sublinhou que é imperativo haver “também mudança de comportamentos”.

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