
5G já guia veículos autónomos

Há vários projetos em curso, desde veículos ligeiros até aeronaves, envolvendo vários parceiros e a rede 5G da NOS. A operadora está envolvida numa série de programas próprios, mas também em agendas mobilizadoras e até em dois projetos internacionais coordenados pela UE.
Com mais de 165 soluções em desenvolvimento e múltiplas aplicações, a NOS está a testar o 5G em diferentes localidades do norte do país e em vários projetos dedicados à mobilidade aérea, incluindo a interoperabilidade de drones no transporte de bens.
Carla Botelho, Diretora de Projetos de Transformação Tecnológica e Inovação da NOS, confirma que “efetivamente, temos um projeto de inovação nessa área baseado num programa em que estamos a trabalhar no transporte de bens médicos ou medicamentos, por drones. Esse projeto envolve várias entidades e a nossa infraestrutura, a nossa rede 5G, tem suportado esses testes e outros use cases que estão a ser desenvolvidos também no setor da saúde, a maioria em localidades a norte do Porto. Os testes estão a correr bem. Tudo isto são trabalhos que começam pela exploração, depois para se tornarem casos reais, têm que ser testados em ambiente real e os resultados têm sido muito positivos”.
A responsável da operadora sublinha ainda que “a NOS tem uma diversidade grande de pilotos e soluções, que têm usufruído dos nossos serviços, da nossa infraestrutura e de equipas especializadas, para os ajudar no desenvolvimento do produto, desde a prototipagem até aos testes em ambiente real, que são absolutamente relevantes para o sucesso da integração destas soluções no mercado”.
Nos últimos três meses, a operadora também fez várias demonstrações de condução autónoma em testes inseridos no projeto designado de Route 25, que resulta de um consórcio liderado pela Capgemini, que junta várias entidades públicas, privadas e académicas, para desenvolver os transportes inteligentes do futuro, e fez várias demonstrações em Aveiro.
Em ambiente real, com a ajuda de uma câmara de vigilância ligada à sua rede 5G e à sua plataforma de Mobile Edge Computing, a operadora pôs um carro a travar sozinho para evitar um obstáculo e só retomou a marcha quando a via ficou livre. Esta plataforma incorpora tecnologia capaz de processar dados bem mais perto de onde são gerados, sem terem que viajar centenas de quilómetros até um data center.
Na opinião de Carla Botelho, o teste apenas provou que a infraestrutura atual, usada pelo cidadão comum no dia a dia, está preparada para suportar a mobilidade autónoma. Mas esta foi apenas a primeira de uma série de demonstrações, previstas para acontecer em várias cidades do país, para além de Aveiro. A ideia é demonstrar manobras cooperativas entre veículos autónomos, que vão comunicar e negociar trajetórias em segurança, mesmo na interação com outros veículos, peões e ciclistas.
Também se pretende revelar os avanços da conectividade e computação em estacionamento inteligente, desde a reserva até à monitorização dos lugares disponíveis em tempo real, com recurso a redes 5G públicas e privadas para sistemas cooperativos de decisão.
Ao nível da mobilidade existem outros projetos a decorrer, dois deles de âmbito europeu, ao nível da saúde e da agricultura, para além de projetos próprios que resultaram já no desenvolvimento de soluções de smart parking, ou de suporte a idosos, ou a trabalho assistido na indústria e ainda uma espécie de assistente virtual para melhorar informação entre ambulâncias e urgências hospitalares na resposta a casos concretos de AVC.
Só na plataforma de inovação “Test Bed 5G”, que representa um investimento na ordem dos 8 milhões de euros e é liderada pela NOS, existem 165 soluções para desenvolver até julho de 2026, sendo que nesta altura 65 estão já concluídas.
Carla Botelho adianta que “esse é um dos programas centrais, que estamos a desenvolver ao nível da inovação sobre 5G e que nos permite suportar, juntamente com os nossos parceiros, o desenvolvimento e a evolução das 165 soluções inovadoras em vários setores, desde a indústria ao retalho, saúde, ou smart cities e que achamos que vão contribuir efetivamente para a modernização desses setores”.
Esta responsável da NOS recorda que todas as iniciativas em que a operadora tem estado envolvida nos últimos anos representam um investimento imenso, afirmando que “só em 2023, investimos 96 milhões em inovação e nos anos subsequentes, embora não sendo público, mantivemos estes níveis de investimento, com o mesmo objetivo: sermos o motor central de tudo o que tem a ver com a digitalização do país, a sua modernização, mas também com a aceleração da adoção do 5G, que acaba por ser uma tecnologia basilar para esta transformação”.



 
                       
                         
                         
                         
                        




