A nova ordem mundial ameaça ou acelera a transição energética?

2022
30-06-2022

Debate do Portugal Mobi Summit vai juntar presidentes da EDP Comercial, Brisa, Lidl, Fidelidade e dos municípios de Lisboa e de Cascais para debater os desafios para a mobilidade sustentável em cenário de crise energética. É no dia 6 e poderá assistir à emissão em dn.pt às 10h.

 

Até que ponto o caminho da transição energética e da mobilidade sustentável nas cidades pode ser afetado por todas as mudanças ao nível da geopolítica e da crise energética que estão a coincidir no tempo com uma pandemia global? Este é o ponto de partida da sessão do Portugal Mobi Summit 2022, que vai juntar já no próximo dia 6, na Central Tejo EDP, os parceiros institucionais do maior evento de mobilidade urbana para um debate sobre um dos temas de maior relevância da atualidade.

A guerra na Europa e a consequente crise energética, a perturbação nas cadeias de abastecimento globais e a inflação galopante podem atrasar ou, pelo contrário, acelerar a viragem para novas fontes energéticas e formas de mobilidade mais amigas do ambiente? A resposta não é óbvia, tem nuances.

Vera Pinto Pereira (presidente da EDP Comercial), Carlos Moedas (presidente da Câmara Municipal de Lisboa), Carlos Carreiras (presidente da Câmara Municipal de Cascais), António Pires de Lima (CEO da Brisa), Pedro Rebocho (Administrador de Infraestruturas do LIDL) e Rogério Campos Henriques (presidente do conselho executivo da Fidelidade) vão apontar caminhos e mostrar o que estão a fazer nas suas organizações para garantir que essa transição acontece. Desse modo dão também o pontapé de saída à 5ª edição do PMS, que, este ano volta à Nova SBE, em Carcavelos, para realizar a sua cimeira internacional a 28 e 29 de setembro.

“ A mobilidade como motor de desenvolvimento” é o lema desta edição, tendo como certo que as exigências de sustentabilidade ambiental são elas próprias geradoras de um novo ecossistema económico e social assente em inovação, tecnologia, novas empresas, novas competências e novos empregos, bem como diferentes hábitos e comportamentos de cidadãos e empresas.

Um sinal muito claro no sentido da irreversibilidade da estratégia foi dado, de resto, esta semana pela Comissão Europeia quando anunciou que não será autorizado o fabrico de veículos automóveis a combustão a partir de 2035 no espaço comunitário.

Antecipando esse cenário, não só o setor automóvel está já há vários anos em profunda reconversão para a mobilidade elétrica, como também as empresas de energia como a EDP comercial começaram a investir massivamente na rede de carregamento público e privado, bem como em soluções domésticas que facilitem a adesão à mobilidade elétrica, em casa, em condomínios ou em estrada.

Ao nível municipal, Cascais, enquanto smart city, tem um pioneiro modelo de gratuitidade de transporte público rodoviário para residentes, estudantes e trabalhadores do concelho como meio de incentivar o uso dos transportes públicos e uma rede de bicicletas partilhadas ao longo de todo o concelho integradas na Mobicascais, uma plataforma que permite o acesso a vários meios de transporte através de uma app. Para além do reforço do investimento em ciclovias, o município tem também adotado o alargamento dos espaços verdes no concelho como parte da sua estratégia de sustentabilidade ambiental.

Também o municipío de Lisboa integra uma lista de 31 smart cities a nível global onde se destaca pelos seus projetos de inteligência urbana, com um ecossistema de redes abertas para partilha de dados. Paralelamente prossegue a aposta na expansão das ciclovias, e no incentivo à mobilidade suave e ao uso do transporte público, com a redução já conseguida do custo dos passes sociais e também com a planeada gratuitidade para estudantes e idosos.

No campo da distribuição e logística, o Lidl (novo parceiro do PMS) assumiu o compromisso de eletrificar uma parte da sua frota, estando já a testar camiões a gás para abastecimento dos seus supermercados e em linha com as novas tendências internacionais na chamada distribuição 'last mile'.

Estes são apenas alguns dos exemplos das ações no sentido da mobilidade sustentável que os parceiros do PMS estão já a implementar no terreno e que inspiram a comunidade.

O Portugal Mobi Summit é uma iniciativa do Global Media Group e da EDP, contando com a parceria de Cascais, Lisboa, Brisa, Lidl e Fidelidade.

Artigos relacionados

Famel. A icónica moto de fabrico português regressa ao futuro elétrico

Brisa investe em parques de energia fotovoltaica para autoconsumo

Oceântia: o novo autocarro português 100% elétrico