
EM DIRETO: Conferência - Porquê o BRT como solução de transporte público?
É a esta pergunta que autarcas e líderes de transportadoras nacionais vão responder num debate, durante a manhã desta segunda-feira, no Centro da Juventude, em Braga, com o apoio do JN, DN e TSF, no âmbito do Portugal Mobi Summit. A discussão acontece num momento em que de norte a sul do país cada vez municípios estão a escolher o BRT, ou Metrobus, como solução de transporte público.
Braga acolhe esta segunda-feira, 22 de setembro, uma sessão de debate sobre mobilidade sustentável centrada no sistema BRT, também conhecido como Metrobus. “Porquê o BRT?” como solução de transporte público para as cidades é o mote de um debate que vai juntar no Centro da Juventude de Braga autarcas e líderes de transportadoras e empresas de mobilidade nacionais para discutir os méritos e desafios do sistema que está a ganhar tração de norte a sul do país. Tudo isto num contexto em que é preciso acelerar a transição energética para travar o aquecimento global.
A iniciativa no âmbito do Portugal Mobi Summit conta também com uma participação internacional, de Eduardo Pimentel, o prefeito de Curitiba (Brasil), a cidade pioneira na massificação do BRT, cuja experiência de décadas funciona como modelo para todo o mundo. O autarca brasileiro vai explicar as fases de desenvolvimento do sistema que, hoje, transporta passageiros para o centro da cidade, vindos de mais de 30 km de distância.
Sobre os seus projetos de mobilidade sustentável vão falar Olga Pereira, presidente da Transportes Urbanos de Braga e vereadora para a mobilidade do município, João Marrana, presidente do Metro do Mondego, Tiago Braga, presidente da Metro do Porto, e Rui Rei, presidente da Parques Tejo, do município de Oeiras. A escolha dos municípios não foi casual. Todos estão na linha da frente da adoção de modelos alternativos de mobilidade e comprometidos com projetos com o sistema BRT, em fase mais ou menos avançada de execução.
No encerramento do debate, a secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, fará uma declaração com um ponto de situação das políticas de mobilidade numa era de transição energética com vista à descarbonização das cidades e à adoção de práticas de mobilidade mais saudáveis e sustentáveis.
O incentivo à mobilidade elétrica, ao transporte público e aos modos suaves, como as bicicletas e as trotinetes são eixos da estratégia nacional de mobilidade, que está a ser seguida no terreno pelos municípios.
Em Braga, por exemplo, há programas municipais de incentivo à aquisição de bicicletas e a autarquia alocou 40 bicicletas para uso dos funcionários municipais durante três meses, para estimular a mudança de hábitos nas deslocações da casa para o trabalho. “Há dez anos não se via uma única bicicleta e agora já se vêem”, diz Olga Pereira. É “fruto de um investimento em ciclovias e programas vários, como o Pedibus, que consiste num comboio pedonal que recolhe as crianças nas escolas e as leva até à escola, ou o ‘Aprende a Ciclar’ que ensina pessoas a andar de bicleta no terceiro sábado de cada mês”. Em Oeiras, existem igualmente programas semelhantes em curso.
O evento do Portugal Mobi Summit tem cobertura nas marcas DN, JN e TSF. Acompanhe o debate em direto, em www.portugalms.com, a partir das 9.30h.